O Parque Estadual do Rio Preto, situado a 60 km de Diamantina, no município de São Gonçalo do Rio Preto, pode ser fechado porque não há como retirar o lixo gerado pelos turistas. Atualmente, o Parque tem quatro carros: um Fiat Uno, um "Fusca", uma Van e uma caminhonete 4 x 4, todos com muito tempo de uso. No entanto, após o uso intenso dos veículos no combate a incêndios, a Van e a caminhonete pararam de funcionar, e segundo o gerente do Parque, não há previsão de conserto. O parque fica a 19 km da sede do município e o lixo é levado pelos funcionários.
Recebendo mais de 600 turistas por mês, o Parque do Rio Preto é alternativa de lazer para grande parte da região de seu entorno e até mesmo de BH, devido à grande beleza de seus atrativos naturais, composta pelas águas límpidas do rio Preto, cachoeiras e paisagens. Ele faz parte do pequeno grupo de unidades de conservação estaduais que foram contempladas com recursos do convênio do Estado e o banco alemão KFW, que permitiram construção de sede, alojamentos para turistas, camping, Centro de Visitantes, portaria e sanitários nas dependências do Parque.
Em ofício encaminhado no dia 24 passado ao diretor geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Bertholdino Teixeira Júnior, e ao secretário de meio ambiente, Alceu José Torres Marques, a Amda solicitou resolução do impasse ou fechamento do parque à visitação.
"Será vergonhoso manter o parque aberto com lixo acumulado. A situação reflete o descaso do governo com as áreas legalmente protegidas do Estado. Os veículos prometidos pelo secretário na reunião plenária do Copam de 10 de julho passado, até hoje não foram entregues", diz a superintendente da Amda, Dalce Ricas.
Antônio Augusto de Almeida, gerente do Parque, informa que a situação ficará realmente insustentável, caso o IEF não providencie novos veículos. "O número de turistas aumenta a cada dia e nossos veículos estão caquéticos. Estamos rezando para que as chuvas continuem, porque se pararem podemos ter novos incêndios, sem ter como combatê-los. Os veículos são essenciais para transporte dos brigadistas, fiscalização e manutenção do Parque", lamenta.
Em resposta ao ofício enviado pela Amda, o Diretor de Áreas Protegidas do IEF, Henri Collet, enviou solicitação para o Chefe Regional do Escritório Regional de Floresta e Biodiversidade Alto Jequitinhonha do IEF, Silvio Henrique Cruz de Vilhena, pedindo providenciadas para a retirada urgente de lixo depositado no Parque Rio Preto. Procurado pela Amda, ele disse já disponibilizou caminhão baú para resolver temporariamente o problema, até que a falta de veículos do Parque seja resolvida.
A solução no caso depende da locação de veículos 4 x 4 anunciada pelo secretário de meio ambiente, Alceu José Marques Torres, na reunião plenária do Copam, realizada em 10 de julho passado, respondendo denúncia da Amda quanto à situação dos Parques no Estado. Passados exatos 105 dias os veículos não foram alugados.
http://www.amda.org.br/?string=interna-noticia&cod=7045
UC:Parque
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