O deputado Vasques Landim (PR) destacou ontem, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, que a população do Cariri está preocupada com a devastação da área verde daquela localidade, pois, segundo informou, a flora e a fauna estão sendo atingidas por incêndios criminosos e a região não tem a quem apelar, visto que a vigilância é feita com precariedade.
"Nós ainda não podemos assistir uma política pública de educação ambiental e de prevenção ao homem predador, que invade e ataca a reserva florestal do Araripe que é de grande importância para o Ceará e Cariri", afirmou o republicano. Ele ressaltou que, na Chapada do Araripe, se tira lenha, queima-se carvão e até se negocia fósseis.
O parlamentar lembrou que a União, o Estado e os municípios devem fazer uma parceria para preservar o local, uma vez que, futuramente, até mesmo a água do subsolo pode deixar de existir. "Nós, agentes públicos, temos que fazer alguma coisa, através de mutirão ou de colegiado para tentar salvar a nossa floresta nacional do Araripe", sugeriu.
João Jaime (PSDB) ressaltou que, pela Legislação Federal, as populações que ali vivem antes mesmo das regras da norma devem continuar no local, mas em seguida, nenhuma residência pode ser lá instalada. Conforme disse, não houve preocupação de preservar as comunidades que lá moram, acrescentando que isso acontece por falta de pressão política. "Hoje cabe ao Instituto Chico Mendes a investigação. É uma pena, porque é uma das áreas mais belas do Ceará. Tem relíquias de fósseis lá que estão sendo contrabandeados".
O deputado Antônio Carlos lembrou que o Geoparque Araripe é uma área delimitada cujo principal objetivo é preservar as riquezas naturais da Chapada do Araripe. Ele diz que o local não tem apoio dos governos nem estrutura e se solidarizou com o pronunciamento de Vasques Landim sobre a defesa à Floresta Nacional do Araripe.
Estudo
Welington Landim afirmou que já solicitou ao Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará (INESP) estudo sobre os processos de degradação dos locais, mas ressaltou que o órgão "não teve boa vontade" de fazer o levantamento. Ele acrescenta que irá apresentar um requerimento ao Conselho de Altos Estudos para tratar do assunto. Conforme informou, a água do rio Orós poderá cessar com o aumento da degradação ambiental no local.
A deputada Silvana Oliveira (PMDB) citou matéria do Diário do Nordeste discorrendo sobre gestão ambiental e disse que o processo educativo começa por cada cidadão. Ela disse ser preocupante a grande quantidade de lixo produzido no Ceará, que chega a ocupar a quinta posição no ranking de maiores produtores de lixo do Brasil.
"Muitas pessoas jogam até roupas no lixo que poderiam ser aproveitadas por outras pessoas. O Interior precisa desse clamor, vamos fazer com que cada um faça a sua parte", defendeu.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1278893
UC:APA
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