Parque em Brasília fecha por suspeita de febre amarela

FSP, Cotidiano, p. C4 - 29/12/2007
Parque em Brasília fecha por suspeita de febre amarela
Morte de macacos no Parque Nacional pode ter sido causada pela doença; interdição será por tempo indeterminado
Governo vai investigar doença em outros macacos do parque e diz achar pouco provável que visitantes tenham contraído febre

Johanna Nublat
Da sucursal de Brasília

Uma suspeita de febre amarela em macacos do Distrito Federal fechou ontem, por tempo indeterminado, o Parque Nacional de Brasília.
Mais conhecido como Água Mineral, o parque recebe até 3.000 pessoas por dia durante o verão, para banho nas piscinas de água natural. Na quinta-feira, a lotação foi máxima.
O pedido de interdição do parque foi feito pela Secretaria de Saúde do DF anteontem.
Neste ano, nove Estados tiveram morte de macacos, mas apenas em Goiás foi confirmada a febre amarela como causa, segundo o Ministério da Saúde.
Em humanos, a febre amarela foi detectada em quatro Estados em 2007 -Goiás, Amazonas, Pará e Roraima.
Além de fechar o parque, a pasta da Saúde do DF vai intensificar a campanha de vacinação contra a doença e atingir a população que ainda não é vacinada -cerca de 8%.

Macacos mortos
Nos dias 19 e 21 deste mês, dois macacos foram encontrados doentes no parque e morreram, segundo o Instituto Chico Mendes, responsável pela administração do parque.
Apesar de a necropsia ter apontado morte por infecção bacteriana, amostras foram para análise em laboratórios do Pará e de São Paulo e só devem ficar prontas em 20 dias.
Outros quatro macacos foram encontrados mortos no DF neste mês e já há dois casos confirmados de morte desses animais em Goiás por febre amarela, segundo o assessor do subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Jair Yamamoto.
O fechamento do parque foi preventivo, segundo Yamamoto, pois nunca houve casos confirmados de morte de humanos ou macacos que tenham contraído a doença no DF.
Também será feita análise em macacos do parque para ver se há contaminação pela doença e busca pelo mosquito transmissor -o Aedes aegypti.
Yamamoto afirma que é pouco provável que os visitantes do parque tenham contraído febre amarela, mas diz que, se os sintomas da doença -como febre, dor de cabeça intensa, dor abdominal, náuseas e vômitos- se manifestarem, o visitante deve procurar um hospital.
Em Goiânia, 43 macacos foram achados mortos nos últimos três meses com suspeita de febre amarela, provocando uma corrida aos postos de saúde para vacinação.
O Ministério da Saúde intensificou a vacinação onde houve registros da doença. Em Aparecida de Goiânia, segunda maior cidade de Goiás, 30 mil pessoas foram vacinadas em uma semana -por ano, são 4.000.

FSP, 29/12/2007, Cotidiano, p. C4
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